Esta história é de minha autoria com adaptação da história do cocô de autor desconhecido.
Era uma vez uma aranha que, ESTAVA PRESTES A SER MÃE, que morava em uma fazendinha.
A fazenda era linda, com muitos animais. E na frente da casa tinha uma gramado bem verdinho todo salpicado de roseiras.
Às vezes alguns animais, principalmente bezerrinhos em busca de aventura, burlavam as regras do fazendeiro, passavam pela cerca e entravam no jardim.
Os moradores da fazenda recebiam muitas visitas. Eram crianças, adolescentes, jovens adultos. Todos gostavam muito de visitar aquele lugar
Certa vez o jardim estava lotado de crianças que brincavam e corriam de um lado para o outro, enquanto os pais conversavam e observavam os filhos.
De repente os pais escutaram um grito:
– olha o cocô!
– Eca!….
– credo, um cocô… que fedido!
– cuidado pra não pisar no cocô….
E as crianças saíram correndo, deixando o cocozinho lá sozinho.
Ele que estava todo animado, doidinho pra brincar com as crianças, agora estava todo encolhidinho se sentindo o pior cocô do mundo… Sou um pobre cocozinho tão feinho, fedidinho. Eu não presto para nada. Ninguém gosta de mim.
E foi nesse momento que um homem se aproximou…. o cocozinho se encolheu mais ainda pensando que ia ser xingado de novo…
– Mas que belo cocô temos aqui! Era desse que precisava…
– Eu? – belo cocô? – precisar de mim?
O cocozinho não acreditava. O homem era o jardineiro. Ele pegou sua pazinha e com todo cuidado recolheu o cocô e colocou no pé de uma das roseiras.
Você deve estar me perguntando:
– E a dona Aranha, onde foi parar?
Ah! Eu estava me esquecendo da dona Aranha.
Eu disse pra vocês que a dona Aranha estava prestes a ser mãe, não foi?
E ela começou a procurar um lugar para fazer a sua casa, tecer a sua teia e construir o seu ninho.
Lá na fazenda tinha muitos lugares para uma aranha fazer sua teia. A dona Aranha escolheu o lugar e trabalhou a noite toda.
Mas… no dia seguinte a mulher dona da fazenda passou e desfez a teia da dona Aranha
Dona Aranha correu, correu e ficou toda encolhidinha bem no cantinho da teia…. E lá ela ficou o dia todo.
Dona Aranha não desanimou. Naquela noite ela voltou a tecer sua teia. Trabalhou a noite toda.
No dia seguinte, veio a mulher e….. desfez a casa da aranha.
Dona Aranha correu, correu, correu e novamente, ficou encolhidinha lá no cantinho da teia.
Dona Aranha passou o dia lá e quando chegou a noite o que a Dona Aranha fez?
– construiu sua teia de novo.
E no dia seguinte o que aconteceu?
– a mulher desfez a casa da aranha de novo.
Então dona Aranha, começou a refletir e descobriu que aquele lugar onde ela estava construindo sua casa era exatamente o lugar que a mulher passava todas as manhãs.
E dona aranha saiu pelo jardim à procura de um lugar seguro para fazer o seu ninho e por os seus ovos.
Ao encontrar o lugar, dona Aranha trabalhou o dia todo, tecendo sua teia entre umas folhas muito verdes. Descansou durante a noite e no dia seguinte trabalhou novamente.
Quando dona Aranha terminou a sua casa ela
. providenciou comidinha para os filhotes que nasceriam;
. pôs os seus ovos
. e depois cobriu tudo com mais teia para que seus ovos e também a comida ficassem bem protegidos .
Depois de tudo preparado dona Aranha ditou-se sobre ao lado do seu ninho e dormiu o longo sono….
Aliás, dona Aranha nunca acordou do seu sono… ela dormiu para sempre.
No tempo certo os ovos da dona Aranha eclodiram e os filhotes saíram esfomeados… Comeram toda a comida que mãe havia deixado pra eles… e….
deitados nas folhas da roseira ficaram admirando as belas rosas vermelhas. E assim continuou o ciclo da vida.
Não é que a dona Aranha fez sua casa exatamente na roseira que o cocozinho serviu de adubo!?
Cada um tem sua história essa é a Poética da Vida
SPOTFY
AUDIO –